Você sabia.

Os números do desperdício

No setor de alimentos, por exemplo, o desperdício começa na lavoura e termina na cozinha da dona-de-casa.. O prejuízo que o desperdício de alimentos representa para o País e para o meio ambiente não é causado apenas pela falta de estrutura e de incentivos para a agricultura - que gera perda de 14 bilhões de toneladas de alimentos por ano - ou pela falta de informação do consumidor, que joga fora 20% dos alimentos com alto teor nutritivo, que poderiam ser melhor aproveitados, com vantagem para a saúde da família. Existem outros fatores que contribuem com este estado de coisas e acabam estimulando o desperdício de alimentos, como a falta de planejamento e de estrutura para armazenagem e transporte dos produtos agrícolas e a ganância absurda de produtores, atacadistas e comerciantes.

Não é apenas de alimentos o desperdício no Brasil. Água e energia elétrica somam perdas tão grandes que colocam em risco o abastecimento no futuro. Assim, 20% de toda energia elétrica produzida no Brasil são desperdiçados, o que significa uma perda anual de US$ 270 milhões; de 25% a 40% de água também são perdidos em vazamentos, equipamentos velhos e mau uso por parte do consumidor. Para se ter uma idéia, a média de consumo diário de água por pessoa é de, aproximadamente, 250 litros. Uma torneira aberta gasta de 12 a 15 litros por minuto. Um filete de água escorrendo durante 24 horas representa um gasto de 2.800 litros. Uma torneira pingando desperdiça cerca de 46 litros de água por dia, 1.380 litros por mês, 16.560 litros de água por ano.

A construção civil também tem números assustadores: De cada três prédios construídos no País, seria possível construir mais um, apenas com o material que é jogado fora.

E o desperdício vai mais longe.
Passa pela falta de planejamento governamental, pelo mau uso do dinheiro público, pela corrupção, pela falta de respeito ao cidadão e falta de sensibilidade no gerenciamento das empresas.

 


 

Padaria, como evitar desperdício de ingredientes e produtos?

 

Contar com mão-de-obra qualificada é a principal dica do presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo, Pedro Pereira. A redução do desperdício chega a ser pela metade, já que um padeiro qualificado trabalha com medidas exatas nas receitas. A quantidade de ingredientes usada a mais gera gasto desnecessário no final do mês. Preparar uma quantidade de pães de acordo com a demanda ajuda a evitar sobras. Mas se mesmo assim acontecer, transforme o pão francês amanhecido em farinha de rosca. Embalada individualmente, a farinha pode ser vendida na própria padaria. O pão de sal ainda pode virar pudim. Incremente a massa com cravo, canela e finalize com calda de caramelo. Já os pães doces podem fazer o brigadeirão render. Basta acrescentá-los à receita e usar um bom chocolate em pó. Os pães embolorados devem ir para o lixo. O prazo de validade da matéria-prima deve ser longo.
Evite derrubar ingredientes no chão.


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